ChatGPT, Claude, Gemini, Perplexity, MidJourney… Essas são algumas das inteligências artificiais que usamos no dia a dia pra pesquisa, geração de imagens, análise de dados, atendimento, etcetera. E pra sustentar e processar esse grande volume de prompts e dados há os data centers (e todo o impacto ambiental associado a eles).
Como muitos já sabem, esses centros de processamento de dados espalhados pelo mundo trazem desafios significativos: ocupação de grandes terrenos, uso de minerais críticos, lixo eletrônico, alto consumo de água para resfriamento, calor residual liberado no ambiente externo, grande demanda energética e emissão de gases de efeito estufa (GEE).
Seria possível ter alternativas mais sustentáveis? Na corrida global envolvendo a IA generativa, o mar tem sido apontado como uma das principais soluções para as questões citadas acima. Um projeto envolvendo uma empresa de transporte marítimo e outra do setor de energia pretende construir um data center flutuante. A ideia é utilizar fontes energéticas diferentes (produzidas em terra ou não) e água salgada no sistema de resfriamento.
Outra iniciativa é ainda mais ousada. Ela aposta em um complexo submarino com contêineres no fundo do oceano. Com temperaturas mais baixas do que as da superfície, manter o funcionamento dos servidores demandaria menos eletricidade, além de também usar a água do mar no sistema de radiadores.
Ambas as ideias são promissoras, mas é preciso ficar atento aos potenciais riscos ambientais, como contaminação, ameaça à vida marinha e aumento da temperatura dos oceanos. A troca de calor dos data centers com o mar, por menor que ela seja, tem potencial para afetar, por exemplo, os fitoplâncton – responsáveis por capturar o carbono da atmosfera e produzir mais da metade de todo o oxigênio do planeta, u-hum.
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