Que nascemos olhando pra cima, você já está careca de saber. Agora, chegou o momento de olharmos de cima, rs. Brincadeiras à parte, a expectativa da Agência Espacial Europeia é de que, até 2050, teremos cerca de 50 mil objetos (com mais de 10 cm) na órbita baixa da Terra, u-hum. Além disso, estima-se que num futuro próximo, teremos um fluxo de lançamentos de cerca de 8 satélites por dia.
Mas para os que enxergam o copo meio cheio (de ~leite~ de aveia), esses equipamentos (ou parte deles) podem ajudar no enfrentamento à crise climática. Além daqueles velhos conhecidos que ficam de olho nos fenômenos atmosféricos e são parceiros da previsão do tempo, há os que monitoram o degelo das calotas polares, as alterações nos oceanos e o aumento do nível do mar.
Também temos satélites que detectam o desmatamento ilegal, as queimadas, a degradação ambiental e, inclusive, a recuperação de áreas verdes. O Biomass, recém-lançado pelo foguete Vega-C, por exemplo, promete ser um aliado na vigilância das florestas tropicais. Por meio de ondas longas, ele é capaz de penetrar as copas das árvores e estudar até a composição do solo. Uau.
Mesmo que isso pareça coisa de outro mundo, algumas tecnologias já estão em pleno funcionamento por aqui. Em Santa Catarina, uma baleia-franca ameaçada de extinção passou a compartilhar a localização em tempo real com pesquisadores. Imagens vindas lá de cima também revelaram mais de 130 balsas de garimpo ilegal atuando no Rio Madeira, no Amazonas.
O Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ também constatou através de satélites que 99% dos incêndios florestais no Brasil são provocados pela ação humana. Pra fechar esse papo, lembramos que desde fevereiro de 2023, o BNDES utiliza informações da plataforma MapBiomas para barrar empréstimos a produtores rurais que desmataram terras ilegalmente. Aguardando as próximas imagens espaciais…
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