Se você quer aderir, mas não sabe por onde começar, que tal iniciar com uma reflexão? Qual sua motivação para a mudança: você se preocupa com sua saúde? Com os animais? Com o meio-ambiente? 

Ter esse norte é importante para manter a força de vontade durante o processo. Você dificilmente vai conseguir cortar todos os produtos de origem animal de uma hora para outra.  A sociedade e o mercado ainda nos direcionam para o caminho oposto do veganismo — mas sim, essa transição é possível, um copo de cada vez.

Dito isso, é bem importante se informar sobre os alimentos e receitas que você pode comer para garantir que sua dieta tenha todos os nutrientes. Isso porque algumas pessoas que só cortam a carne, do nada, acabam comendo carboidratos demais e prejudicam a saúde.  Não esqueça: ser vegano não é sinônimo de ser saudável, necessariamente.

Por isso, recomendamos procurar um nutricionista especialista nessa transição. Aí, você também pode seguir influenciadores do movimento, como o @veganoperiferico, e ouvir podcasts como o Veggiecast para buscar mais ideias. 

Quando você desperta para o veganismo, vai percebendo que o universo do vegan é maior do que pensava: tem muita comida boa que o mundo simplesmente ignora por focar só nos produtos animais. 

Você já ouviu falar nas blue zones?

São regiões do mundo que têm uma expectativa de vida muito mais alta que a média.

Okinawa (Japão), Ikaria (Grécia) e Nicoya (Costa Rica) são algumas dessas regiões onde é possível encontrar pessoas centenárias que ainda continuam saudáveis. Será que por lá existe uma fonte da juventude?

Nada disso! Alguns cientistas estudaram essas comunidades e descobriram uma série de fatores que ajudam essas pessoas a viverem mais: um ritmo de vida menos frenético, convívio social e familiar, bastante atividade física e uma dieta equilibrada, sem comilança. E veja só que coincidência: em todas as “zonas azuis”, as pessoas baseiam sua alimentação nas plantas. 

Mais de 90% do que elas comem vem de frutas, legumes, cereais, sementes e outros alimentos que não são de origem animal. Carnes, principalmente vermelhas, são raras nas mesas por ali.

Por que ser vegano é bom?

Uma dieta vegana está associada a baixos índices de colesterol e gorduras saturadas, diminuindo também o risco de doenças cardiovasculares (o que ajuda bem a ter uma vida longa e próspera). Além disso, ela reduz o nível de açúcar no sangue e as chances de desenvolver diabetes. 

Esses benefícios vão muito além. Muito! Vários experimentos já associaram o veganismo à diminuição de dores menstruais e enxaquecas. Outra pesquisa descobriu que homens veganos têm odores corporais mais agradáveis. Isso sem falar nas mudanças em nosso intestino, que começa a funcionar como um reloginho. Tá bom ou quer mais?

Veganismo é mais do que uma dieta!

Mais do que uma dieta, o veganismo é uma escolha política e social, com impactos em larga escala. Sendo assim, também é uma forma de lutar por uma sociedade igualitária.

Dica de livro para aprender mais sobre como a alimentação pode ser um caminho para mudanças positivas: Cozinha de protesto de Carol J. Adams e Virginia Messina.

Nessa obra, as autoras nos guiam por essas reflexões e dão dicas para fazer escolhas cada vez mais acertadas, nesse sentido. Pra fechar, o livro tem 50 receitas veganas!