Comer de 3 em 3 horas ou fazer jejum intermitente? 2 castanhas-do-pará ou uma bebida proteica de lanche? Essas perguntas tão frequentes não falam (só) sobre alimentação. Elas falam sobre algo muito mais interno e, às vezes, intenso: a fome.
Esse sinal comum a todos os seres humanos é temido por grande parte das pessoas. Você também pode ter percebido que, ultimamente, sentir fome parece ter virado um problema. Mas será que isso é algo para ser combatido?
A resposta, um simples e direto não, porque a fome é um sinal biológico e evolutivo, que deve ser compreendido e respeitado. Assim como a vontade de ir ao banheiro e o sono, ela nos indica algo — no caso, quando nosso corpo precisa de energia. Com o tempo, fomos não só perdendo a capacidade de percebê-la, mas passamos a acreditar que senti-la é algo negativo.
Consideramos duas causas para a fome ter virado uma vilã: a primeira é esse universo de dietas e modismos alimentares que fazem acreditar que mais importante do que ouvir a fome física é ter um script do que comer beeeem determinado. A segunda é a ausência de ferramentas para lidar com as oscilações que a vida nos coloca. A tal da fome emocional, sabes? Aquela que faz com que a gente mastigue nossas emoções e as engula com a comida.
O maior desafio (e solução!) você já sabe: entender mais sobre ela. Mesmo sabendo que os sinais de fome variam de pessoa para pessoa,2100 descobrir as diferenças entre fome física e emocional faz todo o sentido. E aqui, destacamos alguns pontos essenciais: desejo, velocidade & satisfação.
Na fome física a vontade envolve opções mais ~simples~, enquanto na emocional, ela é muito específica e, geralmente, envolve algo indulgente. A fome física aparece de forma gradual (barriga roncando, mau humor, etc), já a emocional surge subitamente após alguma frustração, estresse ou excitação. E o principal: na fome física ficamos satisfeitos. Na emocional, não. Pelo contrário, o ato de comer pode gerar ainda mais insatisfação.
Perceber o nosso corpo e entender os sinais é um dos passos mais importantes para uma saúde nos trinques — e claro, para uma boa alimentação. E talvez um bom início seja perguntar: qual o seu tipo de fome?
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