Não somos do tipo de apontar o dedo para ninguém. Mas não estranhe, porque hoje o foco da conversa é aquele ~outro leite~ (mú).
Você provavelmente já ouviu falar de intolerância à lactose (talvez até suspeite que tem algum nível de intolerância).
Porém, existem outras condições que podem estar associadas ao consumo de leite e laticínios, como a Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) e que – surpresa – não é a mesma coisa que intolerância.
Ficou em dúvida? Calma que vamos explicar essa história tim-tim por tim-tim:
Índice
Em busca de um substituto para o leite de vaca
Vem com gente e entenda sobre APLV vs. intolerância à lactose porque sua saúde deve vir em primeiro lugar, combinado?
O que é APLV?
A Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) é uma condição alérgica na qual o sistema imunológico não reconhece a proteína do leite de vaca e inicia uma resposta imunológica que, entre outros sintomas, causa inflamação.
Nós sabemos que o leite de vaca ou derivados fornecem uma boa quantidade de cálcio (que, como bem sabemos, também pode ser encontrado em outros alimentos) para o organismo.
Apesar desse ponto positivo, algumas pessoas podem apresentar alguns sintomas não agradáveis quando consomem leite e derivados, e o diagnóstico de uma possível intolerância ou alergia é o melhor caminho.
A estimativa da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia é que mais de 5% das crianças apresentam esse tipo de alergia.
O mais comum é que a APLV se desenvolva logo na primeira infância, sendo que entre 2 a 3% das crianças com menos de 3 anos apresentam essa alergia.
A influência genética é uma das causas mais relacionadas à APLV, já que filhos de pais alérgicos ao leite de vaca têm 75% de chances de também desenvolverem essa alergia.
Mas não é só isso. A introdução precoce a alimentos potencialmente alergênicos – como o leite de vaca – é outro cenário associado.
E o que seria precoce? Especialmente antes dos seis meses de vida. Segundo as orientações da OMS, nessa idade é importante que a criança seja alimentada com aleitamento materno exclusivo. E se isso não for possível, consultar o pediatra para avaliar caso a caso qual seria a melhor alternativa.
APLV x Intolerância à lactose
Esclarecendo o primeiro ponto: a APLV é uma resposta imunológica do organismo à proteína do leite de vaca e causa reações alérgicas inflamatórias na tentativa de reduzir os danos sistêmicos da substância estranha.
Já a intolerância à lactose (IL) refere-se à falta ou deficiência da produção da enzima lactase, que é a responsável por digerir a lactose (o açúcar do leite).
Se a lactose não é corretamente digerida ela é fermentada pelas bactérias residentes do seu intestino grosso ~não se preocupe (muito) com essa parte~ e leva, mais frequentemente, a quadros de diarreia, que é o sintoma mais comum da IL.
Vale ressaltar que no Brasil, 1/3 da população acima de 16 anos apresenta algum tipo de intolerância à lactose. Em uma recente pesquisa sobre restrições alimentares 85 dos 500 consumidores de leite vegetal entrevistados disseram ser intolerantes.
Diferentemente da APLV que surge majoritariamente na infância, a intolerância à lactose pode acontecer em qualquer fase da vida e pode se agravar na vida adulta.
Outra diferença importante é que pessoas com APLV não podem consumir leite de vaca e derivados de maneira generalizada, já aqueles que têm intolerância à lactose podem consumir produtos nas versões “sem lactose”.
Alguns sintomas da APLV
Uma pesquisa recente indicou que a semelhança dos sintomas da intolerância à lactose e da alergia à proteína ao leite de vaca leva, frequentemente, a confusões no diagnóstico.
Vamos apresentar os sintomas dos dois, mas antes um aviso: nunca se autodiagnostique, sempre que apresentar sintomas busque um médico. Combinado?
A intolerância à lactose leva a sintomas que incluem: distensão (inchaço) e dores abdominais, gases e diarreia.
Já os sintomas da alergia à proteína do leite de vaca são mais amplos e que podem ser mais graves. Eles incluem:
– sistema gastrointestinal, incluindo náuseas, cólicas estomacais, vômitos e diarreia;
– sintomas dérmicos, como urticária, eczema e inchaços que não se restringem a região abdominal;
– vias respiratórias, incluindo respiração asmática, congestão nasal e tosse.
Os sintomas da APLV podem acontecer imediatamente ou tardiamente após o consumo da proteína do leite e, como vimos, afetam o corpo todo.
Em busca de um substituto para o leite de vaca
Com todo o rebuliço que a bebida de origem animal vem causando, não dá para deixar de pensar em substitutos qualificados para esse produto, né? Segundo uma pesquisa do Imarc Group, o consumo de bebidas vegetais deve crescer 100% até 2027.
É só fazer os cálculos: se as crianças que hoje são alérgicas ao leite de vaca têm grande chance de gerar no futuro bebês também alérgicos, essa população deve crescer nos próximos anos.
Por isso, é bom já preparar as pessoas para as alternativas vegetais, que, além de tudo, podem ser mais sustentáveis (e gostosos).
Essa, inclusive, é uma característica que ganhará cada vez mais valor para as próximas gerações, já que elas crescem e vão crescer em um mundo com maior consciência ambiental.
Se não é leite é o que?
Criado em 1990 por um cientista sueco, o ~leite de aveia~ tem sacudido alguns corações, não vamos negar. Entre os leites vegetais, é um dos tipos mais vendidos em todos os continentes, com um mercado que vai chegar a valer US$ 6,2 bilhões até 2030, de acordo com estimativas de especialistas.
O ~leite de aveia~ é uma bebida que tem sabor suave e neutro, harmoniza perfeitamente com cereais, smoothies e com o café de todo dia.
Puxando sardinha pra cá, Nude é assim com baixa pegada de carbono, pouquíssimos ingredientes, livre de tudo aquilo que você não precisa ou desaconselha, feito para ser usado no lugar daquele outro ~leite~.
Ok, biscoitadas à parte, talvez você, se questione se o leite de aveia é tão melhor do que os outros leites vegetais do mercado. Nesse sentido, a aveia sai na frente quando falamos em sustentabilidade, u-hum, além de nutrir o solo e melhorar a qualidade dele, precisa de menos água no cultivo e emite menos gases do efeito estufa na atmosfera.