Nascida em Mato Grosso, crescida em Minas Gerais e com café no sangue e na alma. Conheça a história da barista Angélica Luiz, do Siriema Coffee Roasters. Mestre de torra e mestre (com mestrado), ela usa a ciência para preparar as melhores receitas com Nude Barista.
Angélica por Angélica.
Cara, tive um início de vida muito nômade. Meu pai trabalhava com obras em rodovias, por isso, nasci na cidadezinha de Mirassol D’Oeste/MT e logo mudei para Paraopeba/MG. Depois fui para o sul de Minas Gerais e me estabeleci em Itajubá.
U-hum. Conta mais.
Ah, eu trabalhei em uma panificadora e decidi me formar em Biologia. Depois fiz pós-graduação em Análises Clínicas e Microbiologia. Aí eu comecei a pensar na ideia de fazer mestrado em Ciências Médicas.
E sua estreia no café?
Bem, vim morar em São Paulo como bolsista de um programa de pesquisa em 2010. Porém, a grana não era suficiente para me manter e comecei a trabalhar na cafeteria de um cinema da Rua Augusta. Foi lá que tive meu primeiro pontapé com foco na operação. Aí comecei a me interessar mesmo por esse universo.
E o lado cientista te ajudou como barista?
Com certeza. Eu não tinha condições de pagar uma formação na área de barismo. Mas, como microbiologista, usei esses conhecimentos a meu favor tanto na preparação das bebidas quanto na torra do café. Era bem autodidata e bastante estudiosa. Então, pra mim, o que entrego é baseado em 70% de ciência e 30% de café.
Quem é você na fila do ~leite~?
Eu cresci em Minas Gerais e o leite tem um papel muito importante em minha vida. O café é afeto e o leite é conforto. Se estava com dor de garganta, minha avó me dava leite com açúcar queimado e gengibre. Se estava muito calor, ela colocava umas raspinhas de gelo pra gente tomar. Fora o clássico, era uma garrafa térmica de café adoçado, outra de leite e um bolo pra acompanhar.
E com o leite vegetal?
Ah, conheci o leite vegetal na na operação e já tive contato com praticamente todos os tipos. Fui acompanhando a chegada de cada um deles e me incomodando com a falta de equilíbrio na composição das bebidas. Mas, isso mudou com a chegada do Nude Barista (que também entrou na minha casa).
Hummm…
Eu confesso que meu primeiro olhar foi de preconceito. Mas, no primeiro gole percebi que o leite de aveia de vocês não rouba o sabor do café. Além disso, é possível fazer latte art e isso é uma prova real de qualidade. Aí também tem o peso do consumidor, que passou a procurar a marca e pedir pelas bebidas com Nude. Hoje eu também consumo os produtos em casa.
Massa. Agora, revela pra gente a sua receita secreta com Nude.
Adoro o Nude Barista gelado. Eu gosto muito de fazer um latte com baunilha trincando. Espresso duplo, bastante xarope de baunilha, leite de aveia e muito gelo. Faça em casa pra você ver.
Quem ficou com vontade de tomar essa receita da Angélica Luiz?