Há os apaixonados pela torra ideal e pelos métodos de extração. Há uma beleza na curadoria dos grãos Brasil a fora. E há também, quem faça tudo isso e celebre os rituais: o café enquanto compartilhamento de afeto e amargor — porque não. Este é o caso da turma do Por um Punhado de Dólares, em São Paulo.
Na porta, uma lousa: “Sem máscara, sem chance”. E tudo lá é assim. Eles servem o que chamam de “Cafés Sinceros”: o “Fuckcoffee” (intenso e encorpado de Divisa Nova, MG), o “Gozolândia” (leve e ácido de Pedralva, MG) e o “Zica Memo” (doce e frutado de Brasópolis, MG).
Marcos Tomsic, conhecido como Marcola, fundou a cafeteria há 6 anos, junto de Felipe Yabusaki. Ele trabalha com cafés há 12 anos, parece durão mas é um cara muito legal, mas que não gosta de falar de si. Por isso, conversamos com os baristas para entender o espírito da casa.
Joice Dantas trabalha como barista há dez anos. “Aqui o café é um posicionamento. É uma turma muito aberta. Mesmo em tempos difíceis, a condução sempre é a mais justa e humana possível”. Sobre café, Joice conta sua preferência: “Coado. Normalmente você faz para mais alguém. Feito para uma prosa gostosa”. Já Daniel Ramos (@canhotada) tem 26 anos e é carioca. Ele trabalhava com drinks antes de chegar no PPD, em 2018. Curte um bom espresso duplo e curto. “Tudo o que eu aprendi sobre café foi aqui, hoje eu ensino a galera nova”. Encontramos também Lucas Rodrigues (@barista.lucas), um canceriano de 31 anos que ama regras, #latteart e o sabor da prensa francesa: “Tento fazer tudo perfeito. Mas aqui eu aprendi a prática com a liberdade”.
O cardápio esbanja trocadilhos ácidos e opões incríveis de lanches, bebidas e bolos (atenção para o de aipim, coco e queijo). Tudo gostoso, artesanal e com preços convidativos. Ficou com vontade de conhecer essa turma: siga no Instagram @porumpunhadodedolares. Ah! Conte nos comentários quem deveria estar no próximo #oibarista.