As COPs são reuniões anuais onde representantes de vários países se encontram para discutir políticas e medidas relacionadas ao meio ambiente. E a última foi em Dubai. QUÊ? Em uma das maiores produtoras de petróleo do mundo?! É isso mesmo, meu amigo.
Então, senta que lá vem história e a gente vai contar tudinho para você!
Índice:
O que é Cop28?
Tá, mas e os resultados?
Como fica o Brasil no meio dessa jogada?
O que é Cop28?
A COP28 refere-se à 28ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), também conhecida como Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
Tá, mas do que se trata? É um tratado internacional que visa lidar com a mudança climática, estabelecendo metas e princípios para a cooperação global nessa área.
A última COP que tivemos, vulgo Cop28, reuniu 200 países entre os dias 30 de novembro e 13 de dezembro de 2023, em Dubai. E, embora os petroleiros tenham jogado em casa nessa disputa, teve especialista argumentando que a escolha foi boa para a oposição.
Tá, mas e os resultados?
Em um texto publicado em suas redes sociais, o diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), André Guimarães, diz que justamente por ser em Dubai, o evento conseguiu atrair para a mesa outros países centrais na produção de combustíveis fósseis. O número de delegados vinculados a esse setor, quadruplicou em relação ao ano passado.
Se por um lado isso é um prato cheio para o lobby, por outro, logo no início da COP de 2023 quase 200 países chegaram a um acordo sobre a implementação do fundo para compensar os danos climáticos em nações pobres.
Além disso, pela primeira vez na história, houve uma citação sobre a transição da energia de combustíveis fósseis para fontes alternativas no documento oficial do evento.
Mas, nem tudo são flores: mesmo que tenha representado um avanço, o chamado Acordo de Dubai foi considerado brando por ambientalistas e, em nenhum momento falou do fim dos combustíveis fósseis.
Para os que gostam de ver o copo meio cheio (de Nude, é claro), essa COP foi marcada por discussões e documentações inéditas sobre o phase out, ou seja, sobre como vamos sair de uma economia baseada em combustíveis fósseis.
Como fica o Brasil no meio dessa jogada?
Tá, mas e o Brasil? Entããão. Como posso te explicar? Mesmo que a gente tenha vitórias recentes, como a queda do desmatamento na Amazônia, que chegou a 22% de 2019 para cá, o negócio complicou um pouco no quesito matrizes energéticas.
Um dia depois do encerramento oficial da COP28, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) fez um leilão de 603 blocos de exploração de petróleo e gás, incluindo regiões amazônicas ou próximas a zonas protegidas, como Fernando de Noronha.
Além disso, entramos para a OPEP+, extensão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Ambientalistas defendem que o Brasil precisa mudar essa postura para se manter coerente às pautas que visam a preservação da vida no planeta.
E, a propósito, em 2025, nós é que receberemos a conferência, em Belém do Pará. “Nada mais justo do que uma COP na Amazônia para eles descobrirem de verdade o que é a Amazônia”, diz o presidente Lula, em um vídeo oficial do Governo.
Por aqui, aguardamos os próximos capítulos desta história.