Sustentabilidade, alimentos plant-based, atenção às proteínas. Você também percebeu que essas foram as tendências nutricionais mais presentes nos últimos tempos? Mas qual será a próxima tendência alimentar? Ou melhor: como elas surgem? No futuro, o que está por vir?
Ao contrário do que muita gente pensa, as tendências não são criadas nas redes sociais. Os perfis na internet são apenas vetores para que elas cheguem até você. Na verdade, o nascimento ocorre através de um processo dinâmico, que envolve fatores sociais, científicos, culturais, econômicos e tecnológicos. Na nutrição, mais especificamente, elas aparecem, em grande parte, a partir de uma nova descoberta da ciência. Depois disso, a sociedade, a cultura e a economia a transformam em um comportamento de consumo.
Ao longo da história passamos por várias fases. Nas últimas décadas, tivemos um boom dos alimentos low-fat, impulsionados por estudos que mostravam uma relação entre alto consumo de gorduras saturadas, doenças cardiovasculares e obesidade. Pegando carona nisso, as dietas com baixo teor de gordura apareceram e fizeram muito sucesso, trazendo à tona também a necessidade de um corpo mais musculoso entre os homens – e com a mínima porcentagem de gordura possível, entre as mulheres.
Já no século XXI o comportamento alimentar começou a mudar. Uma alimentação com foco nas proteínas continuou, mas agora a preocupação com a qualidade nutricional (orgânicos e superfoods) e sem glúten foi a bola da vez. Isso porque, na época, estudos sobre doença celíaca e também sobre a sensibilidade não celíaca ao glúten tiveram seu auge de publicações científicas. Portanto, nada mais natural do que o mercado atender a essa demanda e, claro, o consumidor ir atrás da nova tendência.
Mas e o que vem depois?
Pesquisas apontam para a manutenção da preocupação de temas como sustentabilidade e qualidade nutricional dos alimentos: menos ingredientes impróprios, mais saúde para o consumidor e para o mundo. 🙂 Mas além disso, porções menores, menos açúcar, sabores mais suaves e ainda um grande foco na proteína, que segue com seu lugar de destaque. Isso tudo devido ao lançamento de medicações que têm como princípio ativo análogos do GLP-1 e outras incretinas, u-hum.
Com um maior uso desses remédios e seus efeitos no corpo, a procura por alimentos que atendam ao paladar – e à necessidade proteica – nunca esteve tão em alta! Isso tudo sem esquecer das características nutricionais do que está sendo colocado na mesa e seus impactos na saúde intestinal, mental e do planeta.
Tendências vão e voltam, mas ser saudável nunca vai sair de moda.
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