Antes eles chamavam de terceira idade. Depois mudaram para “melhor idade”. Os americanos chamam de “the new old age”. Empresas de skincare transformaram o anti-aging em slow-aging, ou até em pro-aging. E, quando a linguagem muda, é porque o comportamento mudou: acabou aquele velho (literalmente!) olhar para os 60+. Agora esse público tem produtos, serviços e políticas públicas voltadas para suas demandas e características.
Longevidade, eles pedem. E longevidade não é apenas viver mais, mas sim viver mais e melhor! E sim, é possível completar esse quebra-cabeça, e o trabalho das nutris é peça fundamental nisso!
Alguns fatores são essenciais para um bom envelhecimento. Dentre eles, uma boa nutrição. Isso começa desde a fase adulta, quando nosso metabolismo já começa a mudar e a necessidade de construir um bom banco muscular começa. Exercícios físicos de fortalecimento e uma dosagem adequada de proteínas já formam uma base mais que necessária para a nova idade.
E aí, temos mais um ponto de atenção de nutri e paciente: pessoas mais velhas frequentemente não percebem quando estão com sede, atrapalhando o consumo de água. E uma das formas de lidar com isso é oferecer outras fontes de hidratação, como bebidas saborizadas ou que tenham uma boa palatabilidade. Mas, claro, tudo sem ingredientes ~impróprios~ e, de preferência, com um sabor bem gostoso. Isso te remete a algo?
E claro, importante lembrar que o consumo do açúcar presente nas sobremesas faz parte de momentos da vida, mas nessa fase, deve acontecer numa frequência diferente, em texturas especiais e com carga nula (ou bem baixa!) de lactose. Alimentos menos gordurosos e a garantia da proteína (ela, sempre!) fazem parte dessa prescrição.
Para a turma 60+, integrar tudo a uma rotina que respeite preferências, culturas alimentares e questões típicas do envelhecimento é importante para que a refeição seja um momento não só de nutrição, mas, também, de diversão, troca, relaxamento. Isso tudo faz parte de uma boa saúde mental, que faz parte da longevidade.
A “nova terceira idade” não precisa ser vista como um período de declínio, mas sim uma fase de novas possibilidades. Envelhecer não é apenas sobre o número de anos, é sobre sentir e cuidar do corpo, nesse constante passar dos anos que apelidamos de vida.