Afinal, o que ou não pode? Quem é vilão ou mocinho? Posso comer aveia sem me preocupar com o carboidrato? Dúvidas pontuais sobre alimentação sempre surgiram como ondas que vão e voltam, mas de uns tempos pra cá, estamos vivendo um tsunami de informações equivocadas sobre o tema. A diferença é que antes elas eram fruto de uma divulgação científica fraca, muitas vezes feita por pessoas que não entendiam tanto sobre o tema. Ainda não existia clickbait, e o objetivo era chamar atenção na capa da revista.
O tempo passou e o acesso à ciência melhorou muito. E falando em alimentação, não existe almoço grátis, e o preço disso foi alto: a desinformação aumentou muito também. Surgiram as chamadas fake news em saúde. E os especialistas estão se sentindo apagando incêndio com gasolina na tentativa de desmistificar tudo, né? Mas calma, calma, não criemos pânico! Nós da Nude temos uma sugestão: como repensar o jeito de levar informação de qualidade para as pessoas?
Uma boa maneira de começar é saber que nem todo estudo que encontra uma correlação comprova causalidade. Tem gente que sabe avaliar se aquele artigo tem aplicabilidade em humanos ou não, mas e quem não sabe? Talvez seja preciso entender mais sobre como algumas publicações são usadas só para gerar mais terrorismo nutricional, mesmo que elas concluam algo.
A outra pegadinha constante é o uso da linguagem: quem nunca viu uma notícia e ficou realmente em dúvida se era verdade ou mentira, porque as palavras eram super técnicas e eram assinadas por um tal Dr. de Harvard, rs (risos nervosos aqui)? A gente sabe que isso deixa os cabelos de qualquer especialista em pé e que desenvolver o letramento científico é mais eficaz do que apenas criticar!
E por fim, vamos no famoso “back to basics”, ou, quanto menos, melhor: saúde nutricional é feita por alimentos in natura e boas escolhas para os processados: já falamos disso aqui, lembra? Sem ingredientes e fatos impróprios, ok?
