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O que é um Fazedor de Café?

Conheça o Paulo Gabriel, barista do Sofá Café SP

Você aí! Já conhece o Paulo Gabriel? Bem, deixe-nos apresentá-lo. O Paulo é um verdadeiro e talentoso Fazedor de Café, o que significa que ele não faz só um bom café, mas também ensina pessoas a fazer café. O Paulo tem 26 anos, é gastrônomo e está à frente do Sofá Café, em São Paulo.

E agora, para agradar todo mundo ele vai contar um pouco sobre ele, não é legal? Voltamos com a minha, a sua, a nossa, editoria #OiBarista.

Oi, Barista. Como você tá? 
Oi, desculpa o barulho, achei um lugarzinho aqui no Sofá mesmo pra gente conversar.

Então a cafeteria tá funcionando?
Sim, tá rolando aqui enquanto a gente conversa. 

Como começou sua história com o café?
Fui aluno do projeto Fazedores de Café na primeira edição. Depois saí de lá, fui trabalhar no Octavio Café, fiquei por 3 anos e meio. Comecei como barman, virei barista, fiz torra, liderei equipe de baristas, ajudei em cursos, participei de competições.

Daí eu saí do Octávio e fui trabalhar no Coffee Lab. Foi aí que o Diego Gonzales, dono do Sofá Café, me convidou para trabalhar lá (no Sofá). A responsabilidade principal era cuidar do Fazedores, cuidar da torrefação e coordenar os treinamentos (equipes, cinco lojas em São Paulo, as franquias).

Eu me senti obrigado a retornar, foi o projeto que me formou, foi no Sofá que eu aprendi tudo.

Então, você pode revelar pra gente seu segredo para fazer café?
Não sei se tem a ver com segredo, tem muito a ver com concentração, tentar ao máximo fazer com consistência e p-r-i-n-c-i-p-a-l-m-e-n-t-e dar risada de qualquer coisa que dê errado no meio do caminho.

(senso de humor é tudo, né?)

Você tem alguma outra habilidade especial fora do balcão?
Gosto de fazer as reformas em casa! Não dá certo, mas gosto de ir pelo menos até metade do caminho, sigo esses Instagram de ideias, vou lá e faço.

O lugar da casa onde eu gasto mais dinheiro é a cozinha. (Ora, ora, quem diria..rs)

Não sei se essa pergunta é muito clichê, mas você tem uma pitcher da sorte?
Tenho! Uma pitcher que ganhei de um competidor de Hong Kong, que tava competindo na SIC em 2019. Ele foi no Sofá Café, a gente ficou conversando, era meu aniversário e ele me deu a pitcher dele de presente.

É uma pitcher boa, com bico fino, tem formato diferente. É a melhor pitcher. Ela é de todos os baristas, toda a hora que alguém quer impressionar no latte art, usa ela.

Qual foi o maior improviso de método que você já utilizou? 
Nunca tive que improvisar pra fazer café, mas aconteceu em uma viagem de ter que pedir bastante água. Viajei com uns amigos para o Caparaó, em 2017, a gente tinha tudo: tinha moedor, tinha café, tinha filtro, mas não tinha água quente!

Pedimos uma vez para o cara de um quiosque e como a gente não quis tomar o café que ele vendia no quiosque, ele decidiu cobrar da gente a água quente. Era mais ou menos uns R$4,00 toda vez que a gente precisava de água.

Não teve improviso, mas deve ter tido um papo chato. Na sua opinião qual é o melhor método para acompanhar um papo chato?

Prensa francesa! Quando você sabe que vai ter que conversar sobre algo chato, não tem muito o que fazer né, mas você também não quer fazer só uma V60, você quer pegar o café, moer, colocar na prensa e esperar o que tem por vir.

O que o café especial mudou na sua vida? Teve esse momento de mudança?
Antes do café eu não gostava de estudar, estava no colegial ainda quando comecei a participar do Fazedores, dai por causa dos termos infusão, extração, vaporização, comecei a me aproximar dos professores de química e física para saber mais. Entrei na escola “queimado” como um aluno ruim e sai da escola premiado na feira de ciências. Sabe como? Fazendo café.

Foi com o café que desenvolvi meu trabalho e também é através do café que eu consigo ajudar a minha comunidade e pessoas próximas a mim. A primeira turma do Fazedores era do Grajaú, vindas da mesma ONG que me acolheu. Foi o que me engajou na vida, gosto de abrir essas portas para outras pessoas.

Em qual situação mais antipática você teve que preparar um café?

Uma vez tive que fazer café para um ídolo de um time que não é o meu time! O cara fez vários gols no meu time (Santos) e eu lá fazendo café pra ele.

Qual foi a situação mais difícil de apresentar café especial pra quem toma café de mercado?

A impressão que eu tenho é que tem diminuído muito a resistência, as pessoas se acostumaram a coloração e o sabor do café especial. Meu maior desafio com a mãe, sem dúvida. Todo café que eu ganhava queria preparar pra ela (e pra todo mundo, risos), queria atenção!

Duas namoradas viraram pra mim e falaram “Agora você só fala de café”!

Muito boa a conversa, Paulinho. 

Posso te apresentar no #OiBarista como Paulinho?

Errrr, acho que não combina mais comigo esse nome, eu prefiro Paulo Gabriel.

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