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Ritmo e café – Um percussionista barista

Samba, hip-hop, rap, rimas, percussão, MPB e café. Acompanhe a história nada comum do barista Douglas Adia, que comanda o Lambreta Fresh Lab.

O café tarda, mas não falha. A paixão nem sempre vem de berço, mas pode surgir na vida adulta. Meio que por força do destino e meio que por necessidade, vamos acompanhar a trajetória de Douglas Adia, que carrega dois amores no peito, a música e o Lambreta Fresh Lab.

 

Hey Douglas, o barismo não foi sua primeira profissão, né?

Não. Já fiz muita coisa na vida. Fui flanelinha na feira, trabalhei em consultório dentário, office-boy no Metrô e por aí vai. Porém, me apaixonei pela música ainda na infância, ouvindo meu irmão mais velho tocar em rodas de samba.

 

Me conte mais sobre isso.

Ah, iniciei minha carreira musical aos 11 anos, tocando em barzinhos. Mais tarde, num momento de rebeldia adolescente, conheci o hip-hop e o rap. Passei a fazer rimas e cheguei a fazer intercâmbio na Europa. Depois de assistir a um cubano tocando conga, voltei para a percussão e acabei entrando na banda da cantora Maria Gadú?.

 

E sobre o café, quando ele entrou na sua vida?

Ah, foi só depois de adulto. Lembro que trabalhava fazendo captação de áudios para cinema e conheci um operador de câmera louco por café, um verdadeiro coffee lover. Então, a gente costumava frequentar lugares para tomar um espresso (sempre sem açúcar, rsrs). A primeira vez foi até em um trabalho envolvendo a passagem do irmão do Jimi Hendrix ? pelo Brasil.

 

Mas, quando você começou a trabalhar como barista?

O grupo musical em que estava se desfez em 2015 e me vi desempregado. Também já não tomava mais tanto café, mas encontrei no barismo uma maneira de sobreviver. Fiz o curso de barista no Coffee Lab, da Isabela Raposeiras, e me inspirei na Europa para transformar minha moto em uma cafeteria móvel?. Fiquei anos vendendo na porta da escola dos meus filhos.

 

E o ponto físico?

Bom, as coisas foram dando certo e fui convidado em 2018 para dividir um espaço na mesma região com um psicólogo. Assim, comecei a ter uma estrutura para oferecer um menu mais completo para meus clientes. Vieram a máquina de espresso, a chapa gelada para fazer sorvete e por aí vai. Trabalhamos juntos por um ano e meio, até que assumi todo o imóvel e criei um hostel no local também.

 

Como foi inserir o Nude Barista no seu cardápio?

Grande parte do meu público tem ligação com a antroposofia. Então, meus clientes sempre buscaram por opções mais naturais e saudáveis. Por conta da demanda, comecei a utilizar leite de coco em pó, mas enfrentava dificuldades com o sabor e a textura. Após conhecer o Bruno Lobo e o pessoal da Nude, experimentei o Nude Barista e tudo ficou melhor. Acho até que o leite de aveia?? de vocês vaporiza melhor que o leite de vaca?. 

 

E de onde surgiu a ideia de fazer o sorvete com Nude?

Eu tenho a chapa gelada para fazer sorvete e precisava desenvolver uma versão vegana. Aí decidi fazer testes com o que eu já tinha na cafeteria. No caso, era a versão Barista do leite. Deu super certo. Agora, quero tentar usar o Creme de Aveia Nude.

 

E como você prepara o sorvete?

Bato Nude Barista com açúcar orgânico, extrato de baunilha e gelo em uma coqueteleira. Junto a mistura com uma banana e começo a trabalhar na chapa. Quando a massa fica pronta, coloco em uma xícara e despejo um espresso duplo para fazer um affogato ???☕.

 

Quem ficou com vontade de experimentar essa invenção do Douglas Adia?

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Uma receita popular e tipicamente brasileira, mas feita todinha de planta. U-hum.

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Seja clarividente ou cientista, uma coisa é certa: o futuro do planeta passa pela nossa boca.